sexta-feira, 11 de novembro de 2011

São Francisco do Sul.

* Museu Nacional do Mar.


No Museu Nacional do Mar existem mais de 250 tipos de embarcações , 100 tipos de canoas e dezenas de tipos de jangadas. Isso faz do Brasil o país mais rico em tipos de embarcações. O Museu Nacional do Mar foi construído para preservar um número significativo de embarcações e instrumentos de bordo.

* Forte Marechal Luz:


Sua fundação ocorreu no ano de 1909, sobre as ruínas do antigo forte. Em novenbro de 1915 foi feita a implantação da 5 ª Bateria Independente de Artilharia da Costa. Lá havia 4 canhões de artilharia Armstrong de 1893 que possíbilitariam a defesa da costa.

* Centro Histórico:                                                                         



Centro Histórico - São Francisco do Sul-SC.
            


                                                                                         

Ele retrata parteda história da cidade em cada um dos prédios que abriga. Elas foram construídas nos séculos XVII, XVIII e XIX, são moradias, estabelicimentos comerciais e de visitação.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Reforma Ortográfica IV

   
A Câmara dos Deputados aprovou dia 21/02/2001 o acordo ortográfico da língua portuguesa, assinado em Lisboa, em 1990. A exemplo do Brasil, os outros sete países onde o Português é a língua oficial: Portugal, Guiné Bissau, Angola, Moçambique, São Tomé, Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste também estão adotando o vocabulário ortográfico comum, nos termos do acordo. A reforma ortográfica, que atinge apenas 2% da escrita, deixa praticamente intactas as regras de acentuação gráfica, mas suprime o trema, simplifica as regras do hífen e elimina as consoantes mudas, como a letra "c" da palavra exacto. Para colocar o novo acordo em prática, o deputado José Lourenço (PMDB-BA), nascido em Portugal, sugeriu, durante encontro com o presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, a unificação dos livros de português, matemática e ciências do ensino fundamental a serem usados pelos oito países. O acordo agora deverá ser ratificado pelo Senado Federal.
 
O texto a seguir, repassado por José Félix, de Portugal, a Eliane Malpighi, está publicado com o título: "Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa", pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, E.P., Lisboa , 1991
 
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA  (1990)
                                      Base I
Do Alfabeto e dos Nomes próprios estrangeiros e seus derivados
    1º O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:
a A    (á)                                n N     (ene)
b B    (bê)                              o O     (ó)
c C    (cê)                              p P     (pê)
d  D   (dê)                             q Q     (quê)
e E    (é)                                 r R      (erre)
f F     (efe)                              s S      (esse)
g G    (gê ou guê)                    t T       (tê)
h H    (agá)                            u U     (u)
i I       (i)                                v V      (vê)
j J      (jota)                          w W     (dáblio)
k K    (capa ou cá)                x X      (xis)
l L     (ele)                             y Ý      (ípsilon)
m M  (eme)                           z Z      (zê)
Obs.: 1 - Além destas letras, usam-se o ç (cê) cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u).
        2 - Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar.
    2º As letras K, w, e y, usam-se nos seguintes casos especiais:
a) Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantiano, Darwin, darwiniano; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano; Taylor, taylorista; b) Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kwañza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;
c)  Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium) W-oeste (West); Kg-quilograma, Km-quilómetro, KW-kilowatt, yd-jarda(yard); Watt.
    3º Em congruência com o número anterior, matêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte, garretiano, de Garret;jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller, shakespeariano, de Shakespeare. Os vocábulos autorizados registarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/fúchsia e derivados, buganvília/buganvílea/bouganvíllea).     4º Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph, e th, podem conservar-se em forma onomásticas da tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invarialvelmente mudo, elimina-se:  José, Nazaré,  em vez de Joseph, Nazareth;e se algum deles, por força do uso, permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith.
    5º As consoantes finais grafadas b, c, d, g, e t mantêm-se, quer sejam mudas quer proferidas nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e topónimos/topônimos da tradição bíblica: Jacob, Job,
Moab, Isaac, David, Gad; Gog, Magog; Bensabat, Josafat. Integram-se também nesta forma: Cid,  em que o d é sempre pronunciado; Madrid e Valladolid, em que o d  ora é pronunciado, ora não; e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas condições. Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antro´pônimos em apreço sejam usados sem a consoante final Jó, Davi e Jacó.
    6º Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo:Anvers, substituido por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Géneve por Genebra; Jutland por Jutlândia; Milano por Milão; München por Munique; Torino  por Turim; Zürich  por  Zurique,  etc.
 
Base II
Do h inicial e final
    1º O h  inicial emprega-se:
a)  Por força da etimologia:  haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor; b)   Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!
    2º O  h  inicial suprime-se:
a)  Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso:  erva,  em vez de  herva;  e, portanto,  ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste com  herbáceo, herbanário, herboso,  formas de origem erudita); b)  Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao precedente:  biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver.
    3º O  h  inicial mantém-se, no entanto, quando uma palavra composta pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen:  anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste, pré-história, sobre-humano.     4º O  h  final emprega-se em interjeições:  ah! oh!
 
Base III
Da homofonia de certos grafemas consonânticos
Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se necessário diferenciar os seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas consonânticos homófonos nem sempre permite fácil fiferenciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em que, diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som. Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos:
    1º Distinção gráfica entre  ch e  x: achar, archote, bucha, capacho, capucho, chamar, chave, Chico, chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha, facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar, macho, mancha, murchar, nicho, pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar, tacho; ameixa, anexim, baixel, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir, enxofre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xadrez, xarope, xenofobia, xerife, xícara.
    2º Distinção gráfica entre g,  com valor de fricativa palatal, e j: adágio, alfageme, Álgebra, algema, algeroz, Algés, algibebe, algibeira, álgido, almargem, Alvorge, Argel, estrangeiro, falange, ferrugem, frigir, gelosia, gengiva, gergelim, geringonça, Gibraltar, ginete, ginja, girafa, gíria, herege, relógio, sege, Tânger, virgem; adjectivo, ajeitar, ajeru (nome de planta indiana e de uma espécie de papagaio), canjerê, canjica, enjeitar, granjear, hoje, intrujice, jecoral, jejum, jeira, jeito, Jeová, jenipapo, jequiri, jequitibá, Jeremias, Jericó, jerimum, Jerónimo, Jesus, jibóia, jiquipanga, jiquiró, jiquitaia, jirau, jiriti, jitirama, laranjeira, lojista, majestade, majestoso, manjerico, manjerona, mucujê, pajé, pegajento, rejeitar, sujeito, trejeioto.
    3º Distinção gráfica entre as letras, s, ss, c, ç,  e x,  que representam sibilantes surdas:  ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretrensão, remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa; abadessa, acossar, amassar, arremessar, Asseiceira, asseio, atravessar, benesse, Cassilda, codesso (identicamente Codessal  ou Codassal, Codesseda, Codessoso, etc.), crasso, devassar, dossel, egresso, endossar, escasso, fosso, gesso, molosso, mossa, obsessão, pêssego, possesso, remessa, sossegar,; acém, acervo, alicerce, cebola, cereal, Cernache, cetim, Cinfães, Escócia, Macedo, obcecar, percevejo; açafate, açorda, açúcar, almaço, atenção, berço, Buçaco, caçange, caçula, caraça, dançar, Eça, enguiço, Gonçalves, inserção, linguiça, maçada, Mação, maçar, Moçambique, Monção, muçulmano, murça, negaça, pança, peça, quiçaba, quiçaça, quiçama, Seiça, (grafia que pretere as erróneas/errôneas Ceiça e Ceissa),  Seiçal, Suiça, terço; auxílio, Maximiliano, Maximino, máximo, próximo, sintaxe.
    4º Distinção gráfica entre  s  de fim de sílaba (inicial ou interior) e  x  e  z  com idêntico valor fónico/fônico: adestrar, Calisto, escusar, esdrúxulo, esgotar, esplanada, esplêndido, espontâneo, espremer, esquisito, estender, Estremadura, Estremoz, inesgotável; extensão, explicar, extraordinário, inextricável, inexperto, sextante, têxtil,; capazmente, infelizmente, velozmente.  De acordo com esta distinção convém notar dois casos:
a) Em final de sílaba que não seja final de palavra, o  x=s  muda para  s  sempre que está precedido de  i  ou  u: justapor, justalinear, misto, sistino (cf. Capela Sistina),  Sisto, em vez de juxtapor, juxtalinear, mixto, sixtina, Sixto; b) Só nos advérbios em -mente  se admite  z,  com valor idêntico ao de  s,  em final de sílaba seguida de outra consoante (cf.  capazmente,  etc.); de contrário, o  s, toma sempre o lugar de z: Biscaia,  e não  Bizcaia;
     5º Distinção gráfica entre  s  final de palavra e x  e  z  com idêntico valor fónico/fônico:  aguarrás, aliás, anis, após, atrás, através, Avis, Brás, Dinis, Garcês, gás, Gerês, Inês, íris, Jesus, jus, lápis, Luís, país, português, Queirós, quis, retrós, revés, Tomás, Valdês; cálix, Félix, Fénix, flux; assaz, arroz, avestruz, dez, diz, fez (substantivo e forma do verbo fazer),  fiz, Forjaz, Galaaz, giz, jaez, matiz, petiz, Queluz, Romariz, [Arcos de] Valdevez, Vaz. A propósito, deve observar-se que é inadmissível z  final equivalente a s  em palavra não oxítona:  Cádis,  e não  Cádiz      6º Distinção gráfica entre as letras interiores  s, x  e  z,  que representam sibilantes sonoras:  aceso, analisar, anestesia, artesão, asa, asilo, Baltasar, besouro, besuntar, blusa, brasa, brasão, Brasil, brisa, [Marco de] Canaveses, coliseu, defesa, duquesa, Elisa, empresa, Ermesinde, Esposende, frenesi ou frenesim, frisar, guisa, improviso, jusante, liso, lousa, Lousã, Luso (nome de lugar, homónimo/homônimo de  Luso, nome mitológico),  Matosinhos, Meneses, Narciso, Nisa, obséquio, ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Resende, Sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa, tisana, transe, trânsito, vaso; exalar,exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato, inexorável; abalizado, alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza, guizo, helenizar, lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar, Veneza,
 
 
BASE IV
Das sequûncias consonânticas
     1º  O  c,  com valor de oclusiva velar, das sequências interiores  cc (segundo c  com valor de sibilante)  cç  e  ct  e o  p  das sequências interiores  pc  (com valor de sibilante),  pç  e  pt,  ora se conservam, ora se eliminam.
     Assim:
a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferdos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto; b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua:  ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo;
c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor; ceptro e cetro, concepçãoe conceção, corrupto e corruto, recepção e receção;
d) Quando, nas sequências interiores  mpc, mpç  e  mpt  se eliminar o  p  de acordo com o determinado nos parágrafos precedentes, o  m  passa a  n,  escrevendo-se, respetivamente, nc, nç  e  nt:assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e assuntível; permptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade,
     2º Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer fgeral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o  b  da sequência  bd, em  súbdito;  o  b  da sequência  bt,  em  subtil  e seus derivados;   o  g  da sequência  gd,  em  amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdalopatia, amigdalotomia;  o  m  da sequência  mn,  em  amnistia, amnistiar, idemne, indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente, etc.;  o  t  da sequência  tm,  em aritmética  e  aritmético.
 
  BASE V
Das vogais átonas
   1º O emprego do  e  e do  i,  assim como o do  o  e do  u ,  em sílaba átona, regula-se fundamentalmente pela etimologia e por particularidades da história das palavras. Assim se estabelecem variadíssimas grafias:
a) Com  e  e  i,: ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão, cardeal, (prelado, ave, planta; diferente de  cardial = «relativo à cárdia»),  Ceará, côdea, enseada, enteado, Floreal, janeanes, lêndea, Leonardo, Leonel, Leonor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha, quase ( em vez de  quási), real, semear, semelhante, várzea; ameixial, Ameixieira, amial, amieiro, arrieiro, artilharia, capitânia, cordial(adjectivo e substantivo), corriola, crânio, criar, diante, diminuir, Dinis, feregial, Filinto, Filipe (e identicamente  Filipa, Filipinas, etc.,), freixial, giesta, Idanha, igual, imiscuir-se, inigualável, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pátio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro, Vimioso; b) Com o  e  u: abolir, Alpendurada, assolar, borboleta, cobiça, consoada, consoar, costume, díscolo, êmbolo, engolir, epístola, esbaforir-se, esboroar, farandola, femoral, Freixoeira, girândola, goela, jocoso, mágoa, névoa, nódoa, óbolo, Páscoa, Pascoal, Pascoela, polir, Rodolfo, távoa, tavoada, távola, t^mbola, veio (substantivo e forma do verbo vir); açular, água, aluvião, arcuense, assumir, bulir, camândulas, curtir, curtume, embutir, entupir, fémur/fêmur, fístula, glândula, ínsua, jucundo, légua, Luanda, lucubração, lugar, mangual, Manuel, míngua, Nicarágua, pontual, régua, tábua, tabuada, tabuleta, trégua, virtualha.
   2º Sendo muito variadas as condições etimológicas e histórico-fonéticas em que se fixam graficamente e  e  i  ou  o  e  u  em sílaba átona, é evidente que só a consulta dos vocabulários ou dicionários pode indicar, muitas vezes, se deve empregar-se  e  ou  i,  se  o  ou  u. Há, todavia, alguns casos em que o uso dessas vogais pode ser facilmente sistematizado. Convém fixar os seguintes:
a) Escrevem-se com e,  e não com i, antes da sílaba tónica/tônica, os substantivos e adjectivos que precedem de substantivos terminados em -eio  e  -eia,  ou com eles estão em relação direta. Assim se regulam:  aldeão, aldeola, aldeota  por  aldeia; areal, areeiro, areento, Areosa, por  areia; aveal ~por  aveia; baleal  por  baleia; cadeado  por  cadeia; candeeiro  por  candeia; centeeiro e  centeeira  por  centeio; colmeal  e  colmeeiro  por  colmeia; correada  e  correame por  correia; b) Escrevem-se igualmente com  e,  antes de vogal ou ditongo da sílaba tónica/tônica, os derivados de palavras que terminam em  e  acentuado (o qual pode representar um antigo hiato;ea,ee): galeão, galeota, galeote,  de galé; coreano,  de  Coreia; dameano,  de  Daomé; guineense,  de  Guiné; poleame  e  poleeeiro,  de  polé;
c) Escrevem-se com  i,  e não com  e,  antes da sílaba tónica/tônica, os adjectivos e substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula  -iano  e  -iense,  os quais são o resultado da combinação dos sufixos -ano  e  -ense  com um  i  de origem analógica (baseado em palavras onde -ano  e  -ense  estão precedidos de  i  pertencente ao tema:  horaciano, italiano, duriense, flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de  Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(es)];
d) Uniformizam-se com as terminações -io  e  -ia (átonas), em vezde -eo e  -ea, os substantivos que constituem variações, obtidas por ampliação, de outros substantivos terminados em vogal: cúmio(popular), de cume; hástia,  de  haste; réstia,  do antigo  reste; véstia,  de  veste;
e) Os verbos em  -ear  podem distinguir-se praticamente grande número de vezes dos verbos em -iar, quer pela formação, quer pela conjugação e formação ao mesmo tempo. Estão no primeiro caso todos os verbos que se prendem a substantivos em  -eio  ou  -eia  (sejam formados em português ou venham já do latim); assim se regulam:  aldear,  por  aldeia; alhear,  por  alheio; cear,  por ceia; encadear  por  cadeia; pear,  por peia;  etc. Estão no segundo caso todos os verbos que tem normalmente flexões rizotónicas/rizotônicas em -eio, -eias.  etc.:clarear, delinear, devanear, falsear, granjear, guerrear, hastear, nomear, sem~ear,  etc. Existem, no entanto, verbos em -iar,  ligados a substantivos com as terminações átonas -ia  ou  -io,  que admitem variantes na conjugação: negoceio  ou negocio (cf. negócio); premeio  ou  premio ( cf, prémio/prêmio), etc.;
f) Não é lícito o emprego do u  final átono em palavras de origem latina. Escreve-se, por isso:  moto, em vez de  mótu (por exemplo, na expressão  de moto próprio); tribo,  em vez de  tríbu;
g) Os verbos em -oar  distinguem-se praticamente dos verbos em  -uar  pela sua conjugação nas formas rizotónicas/rizotônicas, que têm sempre  o  na sílaba acentuada:  abençoar  com  o,  como abençoo, abençoas, etc.; destoar, com o,  como destoo, destoas, etc.; mas acentuar, com u, como acentuo, acentuas, etc.
 
 
BASE VI Das vogais nasais
    Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguintes preceitos:
    1º Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento seguido de hífen, representa-se a nasalidade pelo til, se essa vogal é de timbre a; por m,  se possui qualquer outro timbre e termina a palavra; e por n,  se é de timbre diverso de a  e está seguida de s: afã, grã, Grã-Bretanha, lã, órfá, sã-braseiro (forma  dialetal; o mesmo que são-brasense=de S.Brás de Alportel); clarim, tom, vacum; flautins, semitons, zunzuns.
    2º Os vocábulos terminados em -ã  transmitem esta representação do a  nasal aos advérbios em -mente  que deles se formem, assim como a derivados em que entrem sufixos iniciados por z: cristãmente, sãmente; lãzudo, maçãzita, manhãzinha, romãzeira.
 
 
BASE VII
Dos Ditongos
    1º Os ditongos orais, que tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, distribuem-se por dois grupos gráficos principais, conforme o segundo elemento do ditongo é representado por  i  ou u:ai, ei, éi, ui; au, eu, éu, iu, ou; braçais, caixote, deveis, eirado, farnéis (mas farneizinhos), goivo, goivar, lençóis, (mas lençoizinhos), tafuis, uivar, cacau, cacaueiro, deu, endeusar, ilhéu (mas ilheuzinho), mediu, passou, regougar.
    Obs.: Admitem-se, todavia, excecionalmente à parte destes dois grupos, os ditongos grafados  ae (=âi  ou  ai) e ao (=âu ou au):  o primeiro, representado nos antropónimos/antropônimos Caetano e  Caetana,  assim como nos respectivos derivados e compostos (caetaninha, são-caetano,etc); o segundo, representado nas combinações da preposição a  com as formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o, ou seja, ao  e  aos.
    2º Cumpre fixar, a propósito dos ditongos orais, os seguintes preceitos partivulares:
a) É o ditongo grafado ui,  e não a sequência vocálica grafada  ue,  que se emprega nas  formas de 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e igualmente na da 2ª pessoa do singular do imperativo dos verbos em -uir: constituis, influi, retribui.  Harmonizam-se, portanto,  essas formas com todos os casos de ditongo grafado  ui  de sílaba final ou fim de palavra (azuis, fui, Guardafui, Rui, etc.); e ficam assim em paralelo fráfico-fonético com as formas de  2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e de 2ª pessoas do singular do imperativo dos verbos em -air,  e em -oer: atraia, cai, sai; móis, remói, sói;           b) É o ditongo grafado ui  que representa sempre, em palavras de origem latina, a união de um u  a um i  átono seguinte. Nãodivergem, portanto, formas como fluido  de formas como gratuito.  E isso não impede que nos derivados de formas daquele tipo as vogais grafadas  u  e i se separem: fluídico, fluidez (u-i);
          c)  Além dos ditongos orais propriamente ditos, os quais são todos decrescentes,  admite-se, como é sabido, a existência de ditongos crescentes. Podem considerar-se no número deles as sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas, tais as que se representam graficamente por ea, eo, ia, ie, io, oa, ua, ue, uo:áurea, áureo, calúnia, espécie, exímio, mágoa, ténue, tríduo.

    3º Os ditongos nasais, que na sua maioria tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos,  pertencem graficamente a dois tipos fundamentais: ditongos representados por vogal com til e  semivogal; ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m. Eis a indicação de uns e outros:
          a)  Os ditongos representados por vogal com til e semivogal são quatro, considerando-se apenas a língua padrão contemporânea:  ãe (usado em vocabulos oxítonos e derivados), ãi (usado em vocábulos anoxítonos e derivados, ão  e  õe.  Exemplos:  cães, Guimarães, mãe, mãezinha; ´cãibas, cãibeiro, cãibra, zãibo; mão, mãozinha, não, quão, sotãozinho, tão; Camões, orações, oraçõezinhas, põe, repões. Ao lado de tais ditongos pode, por exemplo, colocar-se o ditongo u~i; mas este, emborase exmplifique numa forma popular como r~ui=ruim, representa-se sem o til nas formas  muito e mui, por obediência à tradição;          b)  Os ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal n  são dois: am  e em. Divergem, porém, nos seus empregos:
                i) am (sempre átono) só se emprega em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram;
                ii) em (tónico/tônico, ou átono) emprega-se em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo flexões verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição e  pela acentuação: bem, Bembom, Bemposta, cem, devem, nem, quem, sem, tem, virgem, Bencanta, Benfeito, Benfica, benquisto, bens, enfim, enquanto, homenzarrão, homenzinho, nuvenzinha, tens, virgens, amén, (variação de ámen), armazém, convém, mantém, ninguém, porém, Santarém, também; convêm, mantêm, têm (3ªs pessoas do plural);  armazéns, desdéns, convéns, reténs, Belenzada, vintenzinho.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Trânsito.






 
 
 

 

Trânsito é a utilização das vias por veículos motorizados, veículos não motorizados, pedestres e animais, para fins de circulação, parada ou estacionamento. Leis de trânsito são as leis que regem o tráfego e regulamentam os veículos, enquanto que leis da estrada são tanto as leis quanto as regras informais que se desenvolveram ao longo do tempo para facilitar e ordenar o fluxo preciso do trânsito.


O trânsito prima, geralmente, pela organização, fluindo em faixas de tráfego numa direção particular, com cruzamentos e sinais de trânsito. O trânsito pode ser separado em classes: motorizado, não-motorizado (bicicletas, carroças e Pedestre). Classes diferentes podem compartilhar limites de velocidade e direitos, ou podem ser segregadas. Alguns países têm leis de trânsito muito detalhadas e complexas enquanto outros confiam no bom senso dos motoristas e na boa vontade deles em cooperar, evidenciando o bom desenvolvimento da educação para o trânsito.
Tipicamente, a organização reduz o tempo de viagem e acidentes, por conseguinte evita congestionamentos e conflitos entre motoristas.
Em vias particularmente movimentadas, uma desordem secundária pode persistir num fenômeno conhecido como "ondas de tráfego". Um colapso total da organização pode resultar num engarrafamentos de trânsito.
Simulações do tráfego organizado frequentemente envolvem a teoria das filas, processos estocásticos e equações de Física Matemática aplicados ao fluxo de tráfego.

Regras da estrada

Limite de velocidade
Regras da estrada são as práticas e procedimentos gerais que os utilizadores das estradas seguem, especialmente motoristas e ciclistas. Elas governam as interações entre veículos distintos e pedestres.
Estas regras devem ser distinguidas dos procedimentos mecânicos exigidos para a operação de um veículo. Veja direção.
As regras básicas de trânsito são definidas por um tratado internacional sob a autoridade das Nações Unidas, a Convenção de Viena sobre Tráfego Rodoviário, de 1968. Nem todos os países são signatários da convenção de Viena e, mesmo entre os signatários, podem ser encontradas pequenas variações locais na prática.
O Brasil se tornou signatário da Convenção de Viena em 10 de dezembro de 1981 pelo Decreto n.º 86.714, havendo no texto da promulgação apenas algumas pequenas ressalvas.

[editar] Pesquisas

Segundo pesquisas preexistentes, cerca de 34% da população mundial dirige à esquerda, e 66% dirige à direita. Já em outras pesquisas, tendo como base o comprimento das auto-estradas, cerca de 72% possuem fluxo à direita.

Código da estrada

Placa utilizada para normalizar o trânsito.
Em muitos países, as regras da estrada são codificadas, discriminando os requisitos legais e as punições para quem quebrá-las.
  • No Brasil, as regras de trânsito são normatizadas por uma lei federal, o Código de Trânsito, Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997.
  • No Reino Unido, as regras são discriminadas no Highway Code, incluindo algumas obrigações, mas também uma série de outros conselhos sobre como dirigir sensatamente e com segurança. Para este segundo conjunto de recomendações, ele enuncia: Embora a falha em adequar-se às outras regras do Código não se constitua, por si mesma, em motivo para que uma pessoa seja processada, o Código da Estrada pode ser usado como evidência nos procedimentos judiciais de qualquer corte sobre Leis de Tráfego, para estabelecer responsabilidades. Muitas de suas ex-colônias ainda mantém este aviso.
  • Nos Estados Unidos, as leis de tráfego são regulamentadas pelos estados e municipalidades através de seus respectivos códigos de trânsito. O Departamento de Transportes do governo federal tem algum controle sobre sinalização de vias e segurança veicular, e controle limitado sobre o sistema de rodovias interestaduais (o qual é realmente construído e mantido pelos estados). Todavia, todas as leis estaduais de trânsito e veículos têm elementos comuns. Estas incluem o requisito do seguro veicular obrigatório, regras de direito de passagem, a regra básica de velocidade (vá tão rápido quanto seja seguro nas circunstâncias, até o limite máximo de velocidade autorizado) e a exigência de parar após um acidente. A variação mais comum entre estados está no limite de velocidade máximo; por exemplo, estados rurais como Montana têm limites de velocidade tão altos quanto 75 milhas/h (120 km/h), enquanto no Oregon tem um limite máximo de velocidade de 65 mph (104 km/h) e no Havaí este limite é de 60 mph (97 km/h).

Limites de velocidade

Sinal para pedestres
Os limites de velocidades dependem de vários aspectos com respeito as condições das estradas e os principais são,
  • a visibilidade,
  • a aderência (piso asfáltico) e
  • compensação de inclinação nas curvas e são estabelecidos por especialistas em engenharia rodoviária que dependem da ancoragem do manto asfáltico para veículos anormalmente pesados, aos quais é comum reservarem um sub-limite como margem de segurança.
Quanto mais alta for a velocidade ou o peso de um veículo, mais comprometedora torna-se a frenagem. Em consequência, muitos países do mundo limitam a velocidade máxima permitida para evitar as colisões ou erosão (deslizamento da pista).
Para que os limites de velocidade sejam respeitados, nos EUA, é comum que a polícia patrulhe as ruas e use equipamentos especiais como o radar móvel, para medir a velocidade dos veículos. No Brasil e em alguns países europeus, existem dispositivos computadorizados que detectam automaticamente a velocidade dos veículos e batem uma fotografia da placa de identificação para posterior notificação.
Outro mecanismo interessante desenvolvido na Alemanha é a Grüne Welle, ou onda verde, que é um indicador que mostra a velocidade ideal para viajar encontrando apenas semáforos em verde. Isto encoraja os motoristas a viajar na velocidade sugerida. De Córdoba à Carlos Paz, na Argentina, foi instalado o sistema de onda verde com sugestão de velocidade.
Assim como o lado da via, as regras de prioridade também diferem entre os países.

Prioridade

Na maioria das cidades modernas, o semáforo constitui o principal sinalização do trânsito. Com a opção de regulagem do tempo de preferência, cada via podem ser ajustados para levar em conta fatores tais como diferenças no volume de tráfego fato esse que em si já definiria a prioridade, entretanto existem exceções, em outros locais que não possuem esses recursos, são as trajetórias dos veículos que irão coincidir em seus deslocamentos que regularão a preferencial de um veículo sobre o outro.
Embora nas grandes cidades a prioridade seja sempre indicada pelos sinais de trânsito ou marcas viárias, e cada cruzamento segue o conceito de via principal e via secundária (exceto aqueles controlados por semáforos), como é no Reino Unido e também na Europa continental e todo o resto do mundo, em muitos locais, na ausência de semáforos ou marcas viárias a prioridade padrão é dar passagem quem cruza pela direita, priorité-à-droite francesa.
De modo geral já existe uma regra que estabelece o direito de passagem ao veiculo que vem pela direita e o motorista que procede da esquerda deverá sempre ceder a passagem a ele. Embora alguns lugares estabeleçam o contrário, essa regra é universal e é a mesma aplicada |International Regulations for Preventing Collisions at Sea.
Na França, até os anos 1980, a regra da "priorité à droite" (dar passagem pela direita) foi empregada na maioria dos "giradores", na qual o tráfego dentro do girador dava passagem ao tráfego entrando no girador. Contudo a regra geral atualmente aplicada é que quem está no girador tem a preferencial.
Avenida Prestes Maia, em São Paulo, Brasil, perto da hora do rush, já mostrando uma considerável densidade de tráfego.
A maioria dos giradores franceses têm agora sinais que dão a preferência ao tráfego dentro do girador, mas ainda restam algumas exceções notáveis que operam na regra antiga, tais como a Place de l'Étoile ao redor do Arco do Triunfo. O trânsito neste girador em particular é tão caótico que as companhias de seguros francesas julgam qualquer acidente ocorrido no girador como de mútua responsabilidade. A regra-padrão de dar passagem pela direita usada na Europa Continental causa problemas para muitos motoristas britânicos e irlandeses que estão acostumados a tomar a direita da via, a menos que lhes seja dito especificamente para dar passagem.
Um padrão comum que define a "prioridade" é que as vias, geralmente a de menor tamanho, tenha uma marcação indicando que ela "cede a vez" para motoristas da outra via. Isto pode ser feito sob a forma de um sinal de "pare", linhas tracejadas pintadas no pavimento ou outros dispositivos. Motoristas que se aproximam vindos da estrada com o sinal de parada ou dispositivo equivalente, precisam parar antes da interseção e somente prosseguir quando ocorre uma interrupção no tráfego da outra via. Alguns países também incluem uma travessia de pedestres próximo ao sinal de parada e, neste caso, os motoristas que se aproximam devem também permitir que os peões cruzem a via antes de avançar. A este respeito, é prática comum em muitos países que os motoristas parem imediatamente quando um pedestre começa a atravessar a via na "faixa de pedestre"; esta prática, lamentavelmente, raramente é respeitada em território brasileiro.

Ultrapassagem

Ultrapassagem se refere à manobra de passar à frente de um veículo que se desloca na mesma direção, na mesma faixa de tráfego e em menor velocidade. Em vias de duas ou mais pistas, quando há linha divisória simples seccionada ou dupla seccionada à esquerda daquele que ultrapassa, o motorista pode ultrapassar quando for seguro. Em vias de múltiplas pistas de rolamento, na maioria das jurisdições, a passagem (não ultrapassagem) é permitida nas faixas mais 'lentas' (ver faixas abaixo).
No Brasil, existe um código informal utilizado pelos caminhoneiros, o qual regulamenta uma ultrapassagem segura através do piscar das setas. A ultrapassagem facilitada que é muito utilizado por caminhoneiros, recomenda que o acionamento do pisca para a esquerda, sinaliza ao veículo que vem à retaguarda que a ultrapassagem não pode ser feita, em outra situação, com o pisca para a direita indica, aos veículos que vem à retaguarda, que a ultrapassagem pode ser efetuada com segurança. Os motoristas contam também com trocas de sinais dos faróis para indicar algum perigo mais adiante como uma colisão ou outras situação que envolvam algum perigo.

Faixas ou vias de trânsito

Auto-estrada em Moscou, com muitas faixas e tráfego pesado.
Quando uma rua é larga o suficiente para acomodar vários veículos deslocando-se lado a lado, teoricamente é costumeiro que o trânsito seja organizado em faixas, isto é, corredores de tráfego paralelos cada um com sua velocidade, no entanto na prática essa teoria não funciona por vários motivos e situações diferentes.
Algumas vias possuem uma faixa para cada direção de deslocamento e outras possuem múltiplas faixas para cada direção, com marcas na pavimentação para indicar claramente os limites de cada faixa e a direção do deslocamento a ser utilizado. Em outros países as faixas não têm nenhuma marcação e os motoristas as seguem mais por instinto do que por estímulo visual.
Em vias que possuem múltiplas faixas seguindo na mesma direção, os motoristas podem geralmente mudar de faixas da forma como lhes aprouver, mas devem fazê-lo de modo a não causar inconveniências aos outros motoristas, e respeitar a preferencial. O princípio básico aplicado é que quem vai mudar de faixa deve observar se outro veículo não está em processo de ultrapassagem, visto que quem faz conversões, ou mudança de faixa, não tem prioridade sobre o que transita em linha reta.
Em Portugal o termo faixa de rodagem, corresponde ao todo, isto é à porção da via de comunicação destinada à circulação de veículos (parte da via pública especialmente destinada ao trânsito de veículos[1]), enquanto que o termo via de trânsito corresponde às subdivisões que a faixa de rodagem pode ter (zona longitudinal da faixa de rodagem destinada à circulação de uma única fila de veículos[2]), apesar de incorretamente se designar muitas vezes na linguagem corrente as subdivisões de uma faixa de rodagem por faixas de rodagem, ou seja atribuindo à parte a designação do todo.

Designação e ultrapassagem

Faixas de trânsito em Poá, São Paulo, Brasil.
A identificação habitual para as divisões das auto-estradas divididas em faixas, é que a mais lenta seja aquela mais próxima à margem da via, e por conseguinte a mais veloz seja, sucessivamente, a faixa imediatamente vizinha.
Ao dirigir pela esquerda:
  • A faixa destinada ao tráfego mais rápido fica à direita
  • A faixa destinada ao tráfego mais lento fica à esquerda
  • A maioria das saídas das auto-estradas fica à esquerda
  • A ultrapassagem é permitida à direita, e a passagem algumas vezes, à esquerda.
Ao dirigir pela direita:
  • A faixa destinada ao tráfego mais rápido fica à esquerda
  • A faixa destinada ao tráfego mais lento fica à direita
  • A maioria das saídas das auto-estradas fica à direita
  • A ultrapassagem é permitida à esquerda, e a passagem, sem mudança de faixa, poderá ser permitida à direita desde que em velocidade compatíveis.
Nos Estados Unidos, a faixa interior representa a faixa mais rápida, mas no Reino Unido, significa a faixa mais lenta.
Geralmente, se espera que os motoristas se mantenham na faixa mais lenta, exceto quando ultrapassando; todavia, quando o tráfego se torna mais intenso, todas as faixas são utilizadas. Muitas áreas nos Estados Unidos não têm quaisquer leis sobre permanecer nas faixas mais lentas exceto quando em ultrapassagem. Nestas áreas, diferentemente de muitas partes na Europa, é permitido ao tráfego ultrapassar por qualquer lado, mesmo numa faixa lenta. Esta prática é conhecida nos Estados Unidos como passar pela direita, onde é comum, e ultrapassar por dentro e 'undertaking' (infrapassagem) no Reino Unido.

Vias expressas e vias de trânsito rápido

Em grandes metrópoles, mover-se de uma parte a outra da cidade através de ruas e avenidas comuns pode demandar tempo considerável, visto que a velocidade do tráfego é frequentemente reduzida por passagens de nível, áreas de manobra exíguas, pistas estreitas e falta de um limite de velocidade mínimo. Por isso, tem se tornado prática comum em grandes cidades a construção de vias expressas ou vias de trânsito rápido, as quais são vias com acesso limitado e que se estendem por grandes distâncias sem quaisquer entroncamentos.
As palavras via expressa e via de trânsito rápido têm significados variados em diferentes jurisdições; todavia, existem dois tipos diferentes de vias usadas para prover acesso de alta velocidade através de áreas urbanas:
  • A via de trânsito rápido (ou auto-estrada) é uma estrada de rodagem divididas em múltiplas pistas com acesso totalmente controlado e sem interseções em nível (ou seja, sem pontos de parada). Algumas vias de trânsito rápido são denominadas vias expressas, super-auto-estradas ou estradas pedagiadas, dependendo do costume local. O acesso às vias de trânsito rápido é totalmente controlado; a entrada e a saída da via somente é permitida em alguns pontos específicos.
  • A via expressa (quando o nome não se refere a uma via de trânsito rápido ou auto-estrada) é geralmente uma grande avenida multi-pistas (como a Avenida Brasil, no Rio de Janeiro), com algumas passagens de nível (embora usualmente apenas nos locais onde há interseção com outras vias expressas ou arteriais).

Manobras

Congestionamento veicular causado por protesto, em Bangkok.
Frequentemente, é necessário que um veículo deixe de trafegar numa linha reta e adentre uma outra via. As luzes indicadoras de direção (pisca-piscas no Brasil) são utilizadas com frequência como forma de indicar aos demais motoristas que o veículo irá mudar de direção; pisca-pisca somente à esquerda indica que a manobra irá ser executada para a esquerda, e pisca-pisca somente à direita indica que a manobra irá ser executada para a direita.
A mudança de curso geralmente significa que o veículo que pretende mudar de direção terá de reduzir a velocidade ou mesmo parar antes de efetuar a manobra, e isto pode trazer incômodos para veículos que venham atrás e que não desejem realizar idêntica manobra. É por este motivo que pistas dedicadas e sinais de trânsito específicos são por vezes utilizados no intuito de melhorar o fluxo de tráfego. Em interseções congestionadas, onde uma pista protegida seria ineficaz ou não poderia ser construída, virar a esquerda ou direita pode ser inteiramente proibido, e exige-se que os motoristas contornem o quarteirão para realizar a manobra desejada.
Em vias de múltiplas faixas, espera-se que os condutores que desejem mudar de direção movam-se para a faixa mais próxima da direção para a qual desejam manobrar. Por exemplo, o tráfego que pretenda virar à direita deverá mover-se para a faixa mais à direita antes do próximo cruzamento. Da mesma forma, o tráfego que pretenda seguir para a esquerda, deverá mover-se para a faixa mais à esquerda. Essa regra não deve ser observada em rodovias, onde deve haver deslocamento para o acostamento obrigatoriamente. Onde não houver acostamento, a manobra deve ser executada mais a frente, e isso ainda onde for permitido, pois em vias de faixas múltiplas essa manobra de conversão obrigatoriamente deve ser executada em viadutos ou locais apropriados.
Em certas partes do mundo, o tráfego irá se adaptar a padrões informais que surgem naturalmente, em vez de impostos pela força de lei; no Brasil, por exemplo, é comum que os motoristas observem (e confiem) nos sinais de mudança de direção feitos por outros motoristas antes de dobrar à esquerda ou à direita.
Em muitos locais do mundo também apenas se pode andar na pista direita se não houver trânsito.

Ruas de mão única

Em sistemas mais sofisticados, tais como os de grandes cidades, este conceito é levado mais além: algumas ruas são marcadas como de mão única e nestas ruas, todo o tráfego deve fluir em somente uma direção. Um motorista que deseje chegar a um local que já tenha ultrapassado, deve usar outras ruas para poder retornar. O uso de ruas de mão única, a despeito dos inconvenientes que possa trazer para alguns indivíduos, pode melhorar consideravelmente o fluxo de tráfego, visto que geralmente permite que o tráfego se mova mais rápido e simplifique as interseções.

Travessia de pedestres

Travessia de pedestres com semáforo em Mong Kok, Hong Kong.
O aspecto real das faixas de segurança varia consideravelmente, mas as duas aparências mais comuns são: (1) uma série de faixas brancas paralelas ou (2) duas longas linhas brancas horizontais. A primeira é geralmente a preferida, visto que sobressai mais conspicuamente contra o calçamento escuro.
Algumas faixas de segurança também são acompanhadas de um semáforo o qual faz com que os veículos parem em intervalos regulares para que os pedestres possam passar. Alguns países utilizam sinais de pedestres "inteligentes", onde os pedestres devem apertar um botão para regist(r)ar sua intenção de atravessar a via. O sinal de trânsito utilizará a informação para se autoprogramar, ou seja, quando nenhum pedestre estiver presente, o sinal não irá parar o tráfego desnecessariamente.
Travessias de pedestres sem sinais de trânsito também são comuns. Neste caso, a lei de trânsito geralmente determina que o pedestre tem o direito de passagem ao atravessar, e que os veículos devem parar quando um pedestre atravessa a via na faixa própria. O quanto isto é respeitado varia muito de acordo com o país e a cultura de trânsito local.
Onde não houver faixa de pedestre, esses devem se deslocar para os cruzamentos, onde os veículos têm a obrigação de reduzir a velocidade e, ainda que não haja a faixa de pedestre, é o local mais apropriado para travessias de pedestre, que devem proceder deslocamentos em ângulos aproximadamente retos, perfazendo a menor distância de travessia.

Trânsito não controlado

Também chamado de trânsito livre, ocorre na ausência ou insuficiência das marcas viárias e semáforos, geralmente esse tipo ainda hoje é encontrado em estradas mal pavimentadas ou em regiões sem estradas, como grandes áreas de estacionamento, postos de gasolina, nos desertos e estradas lamacentas, que tornam impraticáveis a padronização pretendida em código e adotada pelos técnicos de trânsito, os quais são dependentes das facilidades do meio urbano.
Nesse caso, se a estrada for larga, os motoristas tendem naturalmente a manter o veículo no lado apropriado ditado pela posição do volante, se a via é estreita só o fazem no momento da aproximação. Em áreas abertas como nos desertos, podem os motoristas ultrapassarem uns aos outros livremente desde que sejam respeitados os critérios mínimos de preferencia que são os mesmos aplicados nas leis marítimas.
Em algumas situações (como na confluência de centros comerciais) a via determinada (preferencial) nos cruzamentos é a mais movimentada, nesse caso a via dominante flui normalmente até que ocorra uma interrupção desse fluxo, momento no qual automaticamente se inverte a dominância a outra via onde os veículos aguardavam em fila flui. No cruzamento de vias perpendiculares (que se cruzam), um engarrafamento de trânsito só ocorre se não for respeitada a preferencial prevista nas leis de trânsito (tanto marítimas como terrestres).

Preempção de trânsito

Em alguns países desenvolvidos, é parte integrante das estradas os que possuem vias expressas equipamentos especiais que permitem que os veículos de resgate do serviços de emergência, uma faixa seletiva e em alguns casos a prioridade de circulação alterando para verde todos os semáforos ao longo do caminho. A tecnologia por trás destes métodos evoluiu, de painéis na sede do Corpo de Bombeiros (que permitiam ligar e controlar os sinais verdes em determinados corredores de circulação prioritários) para sistemas ópticos (que podem ser comandados diretamente dos equipamentos individuais de combate ao fogo)[carece de fontes?].

Sistemas de transporte inteligentes

Os Sistemas de Transporte Inteligentes (ITS, na sigla em inglês) constituem-se num conjunto de hardware, software e operadores que permitem um melhor monitoramento e controle de tráfego a fim de optimizar o fluxo de veículos. Como a quilometragem rodada pelos veículos continua a aumentar dramaticamente ano após ano, e a quilometragem de vias construídas não cresce no mesmo passo, isto tem levado ao incremento dos congestionamentos de trânsito. Como uma solução efetiva rumo à optimização do tráfego, o ITS apresenta uma série de tecnologias para reduzir os congestionamentos pelo monitoramento do fluxo de tráfego através do uso de sensores e câmeras remotas, e em consequência redirecionar o tráfego via VMS (Variable Message Boards ou quadros de mensagens variáveis), rádio HAR (Highway Advisory Radio) e outros sistemas. Em acréscimo, a rede de auto-estradas (particularmente naquelas pedagiadas) têm sido crescentemente equipadas com infraestrutura adicional de comunicações e controle para permitir que o pessoal de controle de tráfego monitore condições meteorológicas e tenha condições de enviar equipes de socorro antes que a situação na via se deteriore por conta das más condições do tempo. No Brasil, na década de 60, a Rede Ferroviária Nacional manteve por alguns anos um sistema ferroviário de transporte de veículos na rota Rio e São Paulo muito seguro, tratava-se de vagões abertos que serviam de plataforma para o transporte de dois ou mais caminhões carregados, uma só locomotiva era suficiente para puxar 100 vagões o que permitia cobrir os 400 km sem desgaste físico o motorista e ajudante. Atualmente, o avanço dessas tecnologias já se sente nos trens de alta velocidade na França onde a tendência será transformar os motorneiros numa espécie de ascensoristas de elevador tirando-lhes todos os comandos e como já acontece também com o sistema metropolitano de trens subterrâneos
 
 

Reforma Ortográfica III

    Com o acordo, as mudanças na grafia do português lusitano, que é usado em Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, alterão cerca de 1,5% das palavras. Entre as principais modificações, estão a eliminação do h antes de algumas palavras e o desaparecimento do c e do p das palavra sem que essas letras não são pronunciadas.

Eliminação do H, C e P

Exemplos:

ANTES
AGORA
Herva Erva
Húmido Úmido
Acção Ação
Erecção Ereção
Reacção Reação
Acto Ato
Actual Atual
Tecto Teto
Projecto Projeto
Adopção Adoção
Egipto Egito
Baptismo Batismo
OBSERVAÇÃO:
Quando a letra “c” é pronunciada, o uso é facultativo.

Exemplos:

Facto,Sector.

Gênero: Diário.

   Conforme estudos anteriores, temos que a ideia transmitida por um determinado texto faz com que ele pertença a um gênero textual específico. Por exemplo, em se tratando de uma receita culinária, visto que o objetivo é instruir sobre como procedermos diante de algo, ela representa os chamados gêneros instrucionais. No caso de uma reportagem, como a finalidade é informar, concluímos que se trata de um gênero textual do ramo jornalístico, e assim sucessivamente.

Mas, afinal, nosso objetivo é apontar as características de um texto bastante comum em nosso cotidiano – o diário. Como você sabe, ele também é útil para um determinado tipo de comunicação, não é verdade?

É bem possível que já tenha ouvido a expressão “segredo guardado a sete chaves”, sim? E acredite: o diário já vem acompanhado de algumas chaves. Será que sua função é somente armazenar aquilo que não temos vontade de revelar a ninguém? Pois bem, ele serve, além disso, para registrarmos os fatos ocorridos no dia a dia, expressarmos nossas ideias, emoções, desejos e até fazermos aquele desabafo que tanto nos incomoda.



Sabia que esse gênero textual também permite que os fatos nele contidos sejam fictícios? Sim, semelhantemente ao texto narrativo, que nem sempre retrata uma história verdadeira, ele pode constituir-se de algo inventado, como, por exemplo, o Diário de Bridget Jones, do qual se originou até um filme.

No que se refere à estrutura, podemos dizer que não segue uma estrutura específica, quando comparado a tantos outros. Mas normalmente apresenta algumas estruturas, as quais já fazem parte do nosso conhecimento, representadas por:

- Vocativo – Como não está escrevendo para uma pessoa específica, mas sim para você mesmo (a), pode começar assim: “Meu querido diário”...

- A data – essa parte é essencial, pois daqui a uns vinte anos, poderá rever o que registrou numa determinada ocasião.

- Desenvolvimento – trata-se da parte na qual registrará as informações que desejar, não se esquecendo dos detalhes mais importantes, certo?

- Por fim, a assinatura, evidenciando o autor (a) do texto.

Reforma Ortográfica II

  


 
Nesta página pretende-se dar a conhecer uma breve cronologia das reformas ortográficas da língua portuguesa.
Séc XVI até séc. XX - Em Portugal e no Brasil a escrita praticada era de cariz etimológico (a raiz latina ou grega determinava a forma de escrita das palavras com maior preponderância).
1885 – Até esta altura a grafia é essencialmente etimológica. Nesta data publica-se as Bases da Ortografia Portuguesa, de Gonçalves Viana
1907 – A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita nas suas publicações.
1910 – Implantação da República em Portugal – é nomeada uma Comissão para estabelecer uma ortografia simplificada e uniforme a ser usada nas publicações oficiais e no ensino.
1911 – Primeira Reforma Ortográfica – tentativa de uniformizar e simplificar a escrita, mas que não foi extensiva ao Brasil.
1915 – A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a sua ortografia com a portuguesa.
1919 – A Academia Brasileira de Letras revoga a sua resolução de 1915.
1924 – A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começam a procurar uma grafia comum.
1929 – A Academia Brasileira de Letras altera as regras de escrita.
1931 – É aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e Portugal, que visa suprimir as diferenças, unificar e simplificar a língua portuguesa. Contudo, este acordo não é posto em prática.
1938 – São sanadas algumas dúvidas quanto à acentuação de palavras.
1943 – É redigido o Formulário Ortográfico de 1943, na primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal.
1945 – Um novo Acordo Ortográfico torna-se lei em Portugal, mas não no Brasil, por não ter sido ratificado pelo Governo; os brasileiros continuam a regular-se pela ortografia do Vocabulário de 1943.
1971 – São promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as divergências ortográficas com Portugal.
1973 – São promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as divergências ortográficas com o Brasil.
1975 – A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboram novo projeto de acordo, que não é aprovado oficialmente.
1986 – O presidente do Brasil, José Sarney  promove um encontro dos então sete países de língua oficial portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe -, no Rio de Janeiro. É apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O Acordo Ortográfico de 1986, que resulta deste encontro, é amplamente discutido e contestado pela comunidade linguística, nunca chegando a ser aprovado.
1990 – A Academia das Ciências de Lisboa convoca novo encontro, juntando uma Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As duas Academias elaboram a base do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O documento entraria em vigor, de acordo com o seu artigo 3º, no dia "1 de Janeiro de 1994, após depositados todos os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo português".
1995 – O Acordo Ortográfico de 1990 é apenas ratificado por Portugal, Brasil e Cabo Verde, embora o texto previsse a sua implementação em toda a Lusofonia no início de 1994.
1996 – O Acordo Ortográfico é apenas ratificado por Portugal, Brasil, e Cabo Verde.
1998 – Na cidade da Praia é assinado o Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, retirando-se do texto a data de implementação. Mantém-se a condição de que todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem ratificar as normas propostas no Acordo Ortográfico de 1990 para que este seja implementado
2002 – Timor-Leste torna-se independente e passa a fazer parte da CPLP.
2004 – Os ministros da Educação dos vários países da CPLP reúnem-se em Fortaleza, no Brasil, para a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Fica assim determinado que basta a ratificação de três membros para que o Acordo Ortográfico possa entrar em vigor e Timor-Leste passa a integrar a CPLP.
2006 – Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ratificam o documento, possibilitando a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.
2008 – O Acordo Ortográfico de 1990 é aprovado por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal, sendo esperada a sua implementação no início de 2010.
2009 – Entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 no Brasil. Atualmente, além de Portugal e do Brasil, também São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné-Bissau ratificaram o Acordo Ortográfico de 1990, embora estes últimos não o tenham implementado. Fica apenas a faltar a ratificação de Angola e Moçambique.

Reforma Ortográfica.

   


Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012.

Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.


No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de serem apreendidas! Além disso, há um prazo de adaptação que dá calmaria a todo processo de mudança!
Para tanto, o Brasil Escola apoiará as novas regras e irá promover a atualização dos textos para que os internautas possam se sentir mais confortados e ambientados com esse novo jeito de escrever algumas palavras!


A ABL (Academia Brasileira de Letras) dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo, é só acessar www.academia.org.br e procurar o serviço “ABL Responde” à direita na página. No entanto, não há prazo para que as repostas sejam enviadas, já que cada pergunta passará por análise da comissão de lexicografia e lexicologia. 



HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados

ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)

ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem

GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"